Buzios

Foram os nomades Sabaquianos a 5.000 anos, os primeiros a descobrir as riquezas que Búzios oferecia. Na trilha histórica aberta por esses pés descalços, passaram índios Itaipus há 3.000 anos, Tupinambás a 1.500 anos, escravos,  colonizadores franceses, portugueses, fazendeiros, pescadores e nobres. Boa parte da história do Brasil teve Búzios como palco, e não poderia existir melhor cenário para encontrar o Pau-Brasil em abundância na região a ser contrabandeado por portugueses e franceses, que buscavam a valiosa madeira de lei utilizada como lenha pelos índios. A colonização no século XVII dizimou grande parte dos Tupinambás, que transmitiram        nomes como Jerivá ou Jeribá modificada para Geribá.         Do contrabando os portugueses passaram a traficar escravos africanos, que eram desembarcados nas praias da Rasa e de José Gonçalves para ser comercializados. Após a Lei Áurea, escravos fugidos e  libertos estabeleceram-se na região, formando um quilombo . Com a evolução da colonização, formaram-se famílias influentes, lotearam as terras organizandos em comunidades formadas por nativos, negros e distintas raças de visitantes. Pelas conchas em espiral espalhadas nas areias e no fundo do mar, os portugueses batizaram a região de Ponta dos Búzios, como revela o mapa de 1575. Os tupinambás comiam os moluscos e com as cascas na ponta de bambus os transformavam em trombetas de guerra. O rei de Portugal mandou construir em 1730 uma instalação litorânea para a pesca de baleias, o balneário passou a se chamar Armação de Baleias dos Búzios. Com o declínio da atividade, a península passou em 1806 a se chamar finalmente de "Armação dos Búzios", sobre os principais aspectos geográficos e pré-históricos constituindo uma cidade tão desconcertante que ainda é possível desvendá-la, quer simplesmente conhecendo a história do nome que a designa.